Não deu tempo da luta, virou luto. Esse é pra você, Tia Regi! Me conforta saber que partiu rodeada de amor. Licença poética para não corrigir o texto, que veio direto das mãozinhas ágeis do coração.
Carolina, que texto rasgado e inteiro ao mesmo tempo. Me tocou fundo, como quem lê um sussurro do que também não conseguiu dizer a tempo.
O que me atravessou foi esse ponto entre o afeto e a ausência, entre a poesia e o silêncio mesmo, como você tão bem nomeou. Há algo de sagrado em transformar a dor em gesto literário, sem polir demais, sem pedir desculpas por sentir tanto. Isso é coragem rara.
Fiquei pensando: o que te fez escolher esse tom de fala íntima, quase conversa com algum outro lugar? Você escreve direto pra ela e, de algum jeito, também pra todos nós que perdemos alguém antes da hora.
Carolina, que coisa bonita saber que minhas palavras ajudaram a batizar tua casa de escrita. Nomear é dar contorno ao indizível, né? E teu texto tem isso.
No fim, é sempre sobre isso: a gente escreve de um lugar íntimo, mas quem lê reconhece uma fresta sua ali, um espelho pequeno. Obrigado por compartilhar algo tão teu.
acredita que há um desespero por sentir e por racionar o sentimento que mata essa parte efêmera da gente. a gente inventa tanta coisa pra colocar as sensações em caixinhas e nos tornar traduzíveis que inibimos o ser verdadeiro. nossas emoções não se encaixam, não se explicam, elas apenas são. nem sempre é pra entendermos, quase nunca a expressão é entendida, pois sentir não foi feito pra ser explicado, apenas sentido. a arte é como a sombra de nossa alma e é nela que tentamos, mesmo que porcamente, por o indecifrável no mundo material. quando tentamos tornar tudo muito prático, usamos a razão, que acaba servindo como chuva, apagando as velas de nossos motores mais internos. por conta disso sou contra essa visão simplista que idolatra a maiêutica de Sócrates, de verdade, gostaria que sentíssemos mais, e aceitássemos os limites que o entender não pode passar
Amei a sua escrita, cada palavra reverberou sentimentos profundos. Parabéns pela coragem e te desejo um abraço e conforto para esses sentimentos.
Muito obrigada, Lalita! Significa muito.
Carolina, que texto rasgado e inteiro ao mesmo tempo. Me tocou fundo, como quem lê um sussurro do que também não conseguiu dizer a tempo.
O que me atravessou foi esse ponto entre o afeto e a ausência, entre a poesia e o silêncio mesmo, como você tão bem nomeou. Há algo de sagrado em transformar a dor em gesto literário, sem polir demais, sem pedir desculpas por sentir tanto. Isso é coragem rara.
Fiquei pensando: o que te fez escolher esse tom de fala íntima, quase conversa com algum outro lugar? Você escreve direto pra ela e, de algum jeito, também pra todos nós que perdemos alguém antes da hora.
Bordas! Muito obrigada pelas palavras. Que curioso ler a impressão de outrem de algo tão íntimo daqui, uma costura tão bem feita.
Curioso que eu estava em dúvida sobre o nome da newsletter, você acaba de oficializar!
Carolina, que coisa bonita saber que minhas palavras ajudaram a batizar tua casa de escrita. Nomear é dar contorno ao indizível, né? E teu texto tem isso.
No fim, é sempre sobre isso: a gente escreve de um lugar íntimo, mas quem lê reconhece uma fresta sua ali, um espelho pequeno. Obrigado por compartilhar algo tão teu.
🧡
Evitem que o abstrato se reifique
Discorra
acredita que há um desespero por sentir e por racionar o sentimento que mata essa parte efêmera da gente. a gente inventa tanta coisa pra colocar as sensações em caixinhas e nos tornar traduzíveis que inibimos o ser verdadeiro. nossas emoções não se encaixam, não se explicam, elas apenas são. nem sempre é pra entendermos, quase nunca a expressão é entendida, pois sentir não foi feito pra ser explicado, apenas sentido. a arte é como a sombra de nossa alma e é nela que tentamos, mesmo que porcamente, por o indecifrável no mundo material. quando tentamos tornar tudo muito prático, usamos a razão, que acaba servindo como chuva, apagando as velas de nossos motores mais internos. por conta disso sou contra essa visão simplista que idolatra a maiêutica de Sócrates, de verdade, gostaria que sentíssemos mais, e aceitássemos os limites que o entender não pode passar
Entendo seu ponto. Só não sei se cabia aqui (sempre cabe). É só um emaranhado de palavras como processo de elaboração de um luto recente.
lamento muito pela sua perda, de verdade.